Retalhos de memórias alinhavados entre lãs, linhas, notas, telas e lembranças.

Inajá Martins de Almeida

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"Manter um diário ou escrever, as próprias memórias deveria ser obrigação “imposta pelo estado”: o material acumulado após três ou quatro gerações teria valor inestimável. Resolveria muitos problemas psicológicos e históricos que afligem a humanidade. Não existe memória, embora escritas por personagens insignificantes, que não apresentem valores sociais e pitorescos de primeira ordem”.

(Tomasi di Lampedusa - Os Contos)

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terça-feira, 31 de outubro de 2017

POEMA DO CROCHÊ

Deus te dá a lã e a agulha  e te diz: 

Crocheta o melhor que puderes, um ponto de cada vez.
Cada ponto é um dia na agulha do tempo.
Depois de 12 carreiras de 30 ou 31 pontos, terás 365 pontos,

Em dez anos, cerca de 3650 pontos…

Alguns são pelo direito, outros pelo avesso…
Há pontos que se perdem…

Mas há os que podemos recuperar…


A lã que o bom Deus nos dá, para crochetar nossa existência é de todas as cores:


Rosa como nossas alegrias, 
negra como nossos sofrimentos,
Cinza como nossas dúvidas, 
verde como nossas esperanças,
Vermelha como nossos amores, 
Azul como nossos desejos,
Branca como a fé que temos nele.
Quantos pontos caberão no crochê de tua vida?


Só Deus é quem sabe...

Autoria desconhecida

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captura de tela e postagem por Inajá Martins de Almeida