Retalhos de memórias alinhavados entre lãs, linhas, notas, telas e lembranças.

Inajá Martins de Almeida

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"Manter um diário ou escrever, as próprias memórias deveria ser obrigação “imposta pelo estado”: o material acumulado após três ou quatro gerações teria valor inestimável. Resolveria muitos problemas psicológicos e históricos que afligem a humanidade. Não existe memória, embora escritas por personagens insignificantes, que não apresentem valores sociais e pitorescos de primeira ordem”.

(Tomasi di Lampedusa - Os Contos)

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

MEMÓRIAS VIVAS




Colchas de croche
Coloridas
como a colorir
minhas vivas memórias
que vivem
revivem 
em mim







Não as deixo morrer
minhas memórias...
De mim se afastar
jamais
mais e mais
as quero - já!





Coloridas...
tornam minha vida
essas memórias
que bailam
rodopiam
piam... piam...!











Companhia me fazem
vivas memórias
a transformar em histórias
memórias tais
foto do álbum
passado, lembrança presente.


Não fora os papéis
o negro da tinta
que o papel pinta
não haveria registro 
que inspira
persiste
em permanecer
viver
reviver... 





Presente dos ausentes
que se faz presente
nesta viva memória
a transfornar
em memórias vivas
agora
nesta hora
ora! ora!

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Inajá Martins de Almeida - 15/09/2016  

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