Retalhos de memórias alinhavados entre lãs, linhas, notas, telas e lembranças.

Inajá Martins de Almeida

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"Manter um diário ou escrever, as próprias memórias deveria ser obrigação “imposta pelo estado”: o material acumulado após três ou quatro gerações teria valor inestimável. Resolveria muitos problemas psicológicos e históricos que afligem a humanidade. Não existe memória, embora escritas por personagens insignificantes, que não apresentem valores sociais e pitorescos de primeira ordem”.

(Tomasi di Lampedusa - Os Contos)

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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

QUAL O SEU CORAÇÃO?


Se encontro uma palavra,
logo percebo outras tantas.
Assim, me envolvo, divago...
Quero registrá-las no papel!

Se o frio bate em meu rosto,
logo percebo o calor interior,
a queimar o peito e aquecer a mente
que, a combinar palavras, registra o fato.

Se a lua vem no céu brilhar
logo percebo ser possível a canção
que toma a palavra como amiga
e transforma em rimas e versos o sonho.

Que prazer puro olhar a lua,
uma noite chuvosa e cinzenta.
Na madrugada, um encontro alinhavado. 

Um poeta 
pode encontrar alma sensível 
que por sua vez alcança corações.

Se eu pudesse expressar claramente
a euforia que cala peito adentro,
neste breve momento,
quanto mais este espaço poderia conter.

Porém, posso agradecer a inspiração do poeta
a me induzir, e a delicadeza da autora
ao me legar a riqueza dos versos, pois:

Se há corações que pulsam poesia
outros há que fazem poesia.
Quantos há que sonham poesia
Enquanto há os que vivem poesia.

Quem apenas lê poesia pode ser encontrado
entretanto, recolhendo retalhos vislumbramos,

que há corações que são a própria poesia!

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