Retalhos de memórias alinhavados entre lãs, linhas, notas, telas e lembranças.

Inajá Martins de Almeida

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"Manter um diário ou escrever, as próprias memórias deveria ser obrigação “imposta pelo estado”: o material acumulado após três ou quatro gerações teria valor inestimável. Resolveria muitos problemas psicológicos e históricos que afligem a humanidade. Não existe memória, embora escritas por personagens insignificantes, que não apresentem valores sociais e pitorescos de primeira ordem”.

(Tomasi di Lampedusa - Os Contos)

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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

CROCHÊ E TRICÔ - VERDADEIRA ARTE



Crochê
Tricô
Desfilam
Perfilam
Afinam...



A R T E 




Mãos que tecem
Mãos que tocam

Lãs
Linhas

Nas artes
lãs
linhas
se mesclam.



Janelas...
Luzes
Olhares enternecidos
Sonhos compartilhados

Respiram
Arte...


As lãs
nas linhas.

Nos retalhos
de sonhos tecidos
as lãs
contam pontos
registram histórias.

Passado
Presente

Eterno presente...

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

VOLTAR ÀS LEMBRANÇAS DO PASSADO PRESENTE... PRESENTE...


Não lhe trago prata nem ouro

Não os tenho ...





Apenas lhe trago lembranças:

Saudosas.

Alegres.

Contemplativas lembranças


A embalar sonhos!



Inajá Martins de Almeida



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

UM VIOLÃO ENTRE LÃS, LINHAS E ACORDES - ACORDA

por Inajá Martins de Almeida

Um violão.
A sonoridade paira no ar.
Há melodia no toque suave.

Feixe de luz ilumina o ambiente.
Quarto que embala sonhos de moça.
Mãos que dedilham as cordas
Coração pulsa paixão:

arte da música nos acordes
arte das lãs e linhas nos acordam

Linhas nas cordas
Cordas que interpretam linhas.
Mente e alma sonham sonhos
A corda repica arpejos:
Acorda sonhos de menina mulher.

Dó, ré mi
a me fazer lembrar
o sonoro do sol, lá, como se aqui fora.
Si voltar pudera
Quem dera.
Direito apenas às linhas


Felicidade
Tela em branco ofertada
ao pintor!

O intérprete
entregue à Música!

A arte da vida
diante do  vivente.
Buquê de Letras!
Buquê de Emoções!

Distante os anos
podem contar tempo.
Acordes acordam sonhos
Menina moça. 
Mulher senhora.

As cordas do violão
As teclas do piano
Acordes acordam...
Música... Sempre divina música...


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Distante os anos. A  primeira imagem foi registrada em  fevereiro de 1974. A segunda em dezembro de 2011. Lembrança que o tempo insiste em não apagar.


QUAL O SEU CORAÇÃO?


Se encontro uma palavra,
logo percebo outras tantas.
Assim, me envolvo, divago...
Quero registrá-las no papel!

Se o frio bate em meu rosto,
logo percebo o calor interior,
a queimar o peito e aquecer a mente
que, a combinar palavras, registra o fato.

Se a lua vem no céu brilhar
logo percebo ser possível a canção
que toma a palavra como amiga
e transforma em rimas e versos o sonho.

Que prazer puro olhar a lua,
uma noite chuvosa e cinzenta.
Na madrugada, um encontro alinhavado. 

Um poeta 
pode encontrar alma sensível 
que por sua vez alcança corações.

Se eu pudesse expressar claramente
a euforia que cala peito adentro,
neste breve momento,
quanto mais este espaço poderia conter.

Porém, posso agradecer a inspiração do poeta
a me induzir, e a delicadeza da autora
ao me legar a riqueza dos versos, pois:

Se há corações que pulsam poesia
outros há que fazem poesia.
Quantos há que sonham poesia
Enquanto há os que vivem poesia.

Quem apenas lê poesia pode ser encontrado
entretanto, recolhendo retalhos vislumbramos,

que há corações que são a própria poesia!