Curiosa. Aprendiz eterna.
Incansável. Avolumam-se trabalhos: crochê, tricô. Iniciados. Aos pedaços. Em gavetas. Em caixas. Fiéis depositárias. Amostras várias. Artesãs se irmanam. Transferem
aprendizado.
Arquivos no computador recolhem retalhos. Textos. Fotos. Blogs passam a registrar momentos.
Arquivos no computador recolhem retalhos. Textos. Fotos. Blogs passam a registrar momentos.
Até que... Uma palavra...
Projetos!?...
Sim! Projetos! Como poderia eu
omiti-los em minha própria vida?
Eles permeiam nosso universo.
Salas de aula. Estudos apontados. Trabalhados. Compartilhados. Porém... O dia a dia. O fazer
necessário não os torna projetos. Por quê?
Fora a palavra neste dia frio de julho – 2013 – em que Lee Albrecht diz sobre seus inúmeros projetos de bordados – “mais um entre tantos”.
A palavra se agiganta. Dimensiona meu sentir inquieto. Cresce em mim. Projeto ronda meu pensar. Toma forma. Faz-me
vasculhar gavetas. Armários. Caixas de arquivos.
Ah! Pedaços de textos
incompletos. Registrados clamam conclusão. Ideias lançadas entre lãs, linhas e
palavras.
Projetos soltos sem projetos
passam a reclamar os tais. Projetos.
Manhãs podem ser cúmplices.
Noites de insônia concluem tantos.
Apontamentos se fazem necessários. O projeto passa a ser concreto. Real.
Apontamentos se fazem necessários. O projeto passa a ser concreto. Real.
- “Termine o que começou antes de
partir para o próximo”, ecoa a voz doce e suave de minha mãe. São lembranças de
minha meninice entre linhas.
De repente passo a perceber que ao meu
redor sempre havia mais do que um trabalho em execução. Encomendas. Presentes.
Pessoal. Podia exercitar a mente. Cada qual ao seu modo ocupava espaço.
O passado se torna claro ante meu questionamento. O presente, numa rápida pincelada, delineia traços entre lãs e linhas. Prossigo...
O passado se torna claro ante meu questionamento. O presente, numa rápida pincelada, delineia traços entre lãs e linhas. Prossigo...
O acabamento. Momento de decisão a
demandar processo delicado e demorado. Detalhado. Ponto sobre ponto. O tempo a passar
a limpo. As horas que não podem ser contadas. Ajustes a serem articulados.
Percebe-se impossível o fazer por
fazer. E me questiono:
- Há propósito? Há projeto? O que
aconteceu?
A resposta dá-me alento.
Anos acrescentados conta muito. Faz diferença. Décadas computadas. Ausências várias. Referências que o tempo pode cobrar.
Anos acrescentados conta muito. Faz diferença. Décadas computadas. Ausências várias. Referências que o tempo pode cobrar.
Posso deter mais tempo livre
para o diletantismo, mas também ser usurpada das minhas horas, sem que, muitas
vezes o perceba.
Estanco ante os sinais. Minha
neta de cinco anos aponta seus projetos mensais na escola. Amigas compartilham projetos
seus.
Crochê irlandês extasia-me. A ele
me rendo.
Pesquiso. Estudo. Esboço primeiros passos. Arrisco uma primeira peça. Ao caos dou forma. Coloco meu espírito de artesã curiosa.
Passo a unir folhas, flores, galhos disformes. A renda colorida aos poucos toma forma. Concluo o trabalho. Deliro. Vibro. Olho sem cansar sua forma.
Pequeno colete. Acho bom. Destino certo. Rafaela, minha neta. Aguardo por seu olhar vibrante. Seu sorriso terno de criança. E parto em busca de outros projetos que não tardam a me envolver.
Pesquiso. Estudo. Esboço primeiros passos. Arrisco uma primeira peça. Ao caos dou forma. Coloco meu espírito de artesã curiosa.
Passo a unir folhas, flores, galhos disformes. A renda colorida aos poucos toma forma. Concluo o trabalho. Deliro. Vibro. Olho sem cansar sua forma.
Pequeno colete. Acho bom. Destino certo. Rafaela, minha neta. Aguardo por seu olhar vibrante. Seu sorriso terno de criança. E parto em busca de outros projetos que não tardam a me envolver.
Agora os tenho projeto.
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São Carlos 19/07/2013 - Inajá Martins de Almeida
São Carlos 19/07/2013 - Inajá Martins de Almeida
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